segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Protagonista da vida


Eu vejo um mundo contrário dos meus ideais. Eu vejo um mundo torto com tanta corrupção. Eu vejo um mundo que eu não escolhi pra mim. Eu não escolhi viver com pessoas que acham tudo 'normal', que vivem tudo distorciado e mesmo assim vivem intensamente a modernidade. Viva! Viva a modernidade, pais. Sejamos menos caretas! É o que todos ouvem... mas, não quero. Quero ser careta, quero ensinar pro meu filho quão são lindas brincadeiras na rua, as cantigas de roda, a ilusória visita do papai noel pela chaminé. Eu quero fazer cócegas nele e comer muito brigadeiro de madrugada. Quero mostrar que não é normal homem beijando homem e mulher beijando mulher. E ensinar que Deus criou um de cada sexo para que eles sejam apenas um corpo. Quero mostrar que atrás das estrelas existe um Criador e que a explosão big bang foi apenas mais uma "viagem", uma viagem daquelas que não aconteceu como na Lua. Quero esquecer as maldades que os anos trouxeram com a modernidade. Pra que tecnologia? Vou ensinar a ele que a tecnologia mata, a mesma que quer nos tornar imortais. Vou contar que devemos nascer, crescer e morrer como toda pessoa normal. Vou contar as histórias antes dele dormir e vou mostrá-lo que a inocência de uma criança é um bem supremo, a inocência que muitas já perderam... a inocência do namoro de mãos dadas, das brincadeiras de roda e da ilusão de um mundo colorido como nos sonhos.
A vida nos dá voltas, as pessoas tentam nos corromper e absorvemos mais o ruim do que o bom do próximo, mas a essência em poucos ficam. Quero cultivar essa essência, quero plantar um fruto bom no meio das ervas daninhas. Não ligo pra maioria que só faz a massa, eu quero é ser única mas quero ser feliz comigo, com meus ideais, com minha meta. Não serei mais uma indigente desse mundo estapafúrdio, onde o palco é pequeno e muitos se matam e morrem por um espaço, não gritarei como em uma cena dramática para que todos me vejam. Montarei meu palco e criarei meus artistas...posso ser um em milhares mas deixarei minha essência pela eternidade.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Para um Brasil da maioria


Sempre falam que o povo tem o governo que merece. Será, de fato? Uns julgam o presidente como ignorante ou burro...o que seria ignorante para um homem que "trabalhou" para estar onde está? O povo brasileiro é constituído pela maior parte de trabalhadores, o resto é chamado a nata da sociedade, a classe alta, a classe historicamente beneficiada por vantagens e por títulos. Geralmente, é essa parte da população que tem privilégios de escolher os melhores colégios, as melhores viagens e possui abrangente conhecimento cultural. Com tal discrepância social, é fácil se iludir com discurso bonito e cheio de letras, palavras que soam como neologismos no vocabulário do peão ou da diarista, mas que são 'bonitas' porque são difíceis e talvez por isso sejam encantadoras e hipnotizantes como o perfil daquele candidato bem vestido com seu terno de um milhão de dólares que compraria muitas casas para os miseráveis daquele viaduto da sua esquina. O que o Brasil precisa? De um intelectual no poder que seja poliglota ou de alguém que se parece com o povo brasileiro e que passou por tudo aquilo que muitos passam ainda? A bagagem cultural só enche o currículo de um presidente, mas a barriga daquela criança...continua vazia. A criança que vai crescer sem a perspectiva de uma identidade nacional, será mais um escravo desse capitalismo e alienado do poder. A imagem passada pro exterior de um Brasil carente, violento e liberal é muito mais chocante que a de um presidente que não sabe falar inglês e que mal acabou os estudos. O retrato da presidência é o retrato do povo brasileiro... um trabalhador que sofreu tudo que muitos sofrem mas que no fim teve seu sonho realizado. A maioria do povo ainda é mudo perante a sociedade, muitos nascem e morrem calados. A mudança precisa partir de cada um, o que é bonito é a mudança social e a diminuição das desigualdades para que se formem homens de terno e não cresça o número de fantoches manipulados pela minoria da população que jamais querem deixar de ser minoria.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Seja o seu caminho


O caminho da vida é curto e bem desenhado. Traz curvas bem difíceis e estreitas, percursos com pedras enormes, buracos e precipícios. Nessas horas, aparecem pessoas pra te cobrar e dizer que você nunca vai conseguir chegar ao seu objetivo. Pessoas que vão tentar fazer com que você saia pela tangente ou caia em um buraco e atole para que elas possam te ultrapassar. Pessoas que vão fazer de tudo para que você caia num precipício moral e que afunde pois só assim elas estarão satisfeitas. E, sabe? Essas pessoas são as mesmas que caíram num buraco, que afundaram em lama e que estão a beira do precipício. Sabe por que? Elas não tiveram coragem o suficiente para enfrentar quem deveria, ultrapassar as barreiras que as fizeram cair e ultrapassar essa pista de forma íntegra e paciente. O caminho quem faz somos nós, talvez pendamos pro lado dessas pessoas fracas e impotentes, ou saíremos como pessoas fortes e dignas. Muitos vão tentar fazer sua vida tomar caminhos obscuros ou calamitosos, porém a força vem da alma, vem do coração...e a pureza ao tomar as atitudes certas nos momentos devidos serão decisivos na hora de fazer uma curva. A paciência e o caráter são fundamentais para seguir um caminho íntegro. Pedras, buracos e curvas estreitas estão aí por qualquer estrada, mas a forma de atravessar esse caminho é individual. Não seja como pessoas fracas, desvie delas e mostre a elas que nada do que é dito ou feito contra você é válido ou levado em conta quando se tem caráter e prudência. Ande e termine seu caminho sem esbarrar ou pisar em ninguém, mesmo que pise em buracos e quase caia, saiba que vai ser quase mesmo. O quase é uma vírgula e nunca um ponto. Faça a diferença e veja a diferença no final.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Um só amor

Na multidão ouve-se o compasso do coração tricolor, os olhos ausentes e fixados em apenas três cores. O sentimento direcionado ao mesmo propósito, o grito que ecoa e forma uma grande sinfonia. A paixão de vibrar e passar os sentimentos através dos gestos, do olhar, do bater de palmas. O arrepio daquelas pessoas, o abraço do desconhecido e a união de uma família imensa em prol de um objetivo. A bola rola, os olhares se entrelaçam, a mente pede, o coração grita e a voz ecoa longe o horto mágico. A magia do grená mistura-se com a esperança do verde e o branco sela a paz entre os amantes do futebol. Aquele futebol do pequenino, da tinta no rosto, da bagunça na arquibancada. O futebol da raça, do grito ensurdecedor de gol e da vontade. Gritar um gol é mais que um desabafo, são as artérias pulsantes, o coração palpitando de felicidade e desejo do sonho maior. A paixão é algo assim...ela nasce e torna-se avassaladora. O Fluminense é mais, avassala corações, imuniza almas e subverte os menos desgostosos da vida. Eis que surge a legião de tricolores, invadem por todos os lados...até quando não há mais esperança e o possível já não é mais possível ele vai e muda qualquer probabilidade ou qualquer conta matemática. O amor não é feito de fórmulas ou números, o amor é a paixão madura e intensa do pequenino ao 'radinho de pilha'. A chama dessa paixão e o amor benevolente ao tricolor torna o impossível apenas fictício. O fim é curto demais para a longínqua esperança do coração verde branco e grená. O amor é infinito, aaaah... esse é eterno e é impossível acabar. O apito final é apenas o final de uma etapa, mas o amor de um tricolor é eterno, sublime e omnipresente.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A máscara do moralismo

Chegou a época da libertinagem! Durante cinco dias os bons costumes e o pudor estão amordaçados ou foram simplesmente esquecidos iguais a muitos cidadãos brasileiros. O que não se pode ver na novela das oito é visto a olho nu e sem nenhuma tarja promulgada pela censura...as mulheres saem nuas, a bebedeira é caso normal e a cidade vira banheiro público. Isso é cultura! É cultura mostrar a bunda e o peito que foi preparado especialmente para essa data tão esperada por todos. Mais culto ainda é quem defende esse pseudomoralismo brasileiro. A palavra cultura anda de mãos dadas com o moralismo que é tão defendido e pouco usado, por que não usam esse ponto de vista nesses cincos dias de festa? Não aceitar o beijo homossexual na novela e achar um absurdo o que uma menina faz dentro de um reality show debaixo do edredom é tão hipócrita quanto comprar escondido uma revista Playboy da sua mulher, ou ir atrás de uma garota de programa na rua e na volta pra casa agir como um pai de família. Os bons costumes estão em extinção e mais em extinção ainda estão as reflexões internas. Julgar o outro como errado é mais fácil na própria concepção do que é o errado. Impor a sua verdade para parecer moldado a uma sociedade não quer dizer nada, pois quem monta essa sociedade pseudomoralista são as pessoas e não são palavras e regras. Liberte-se, é carnaval...e depois esqueça e viva uma fantasia nos próximos 360 dias.