quinta-feira, 18 de março de 2010

Eu


Sabe, seria muito limitado tentar me definir, até porque odeio definições e ainda mais de mim...ah, eu que sempre gostei da liberdade, sinto-me oprimida ao pensar que um dia poderei não ter mais e que muitos tentaram tirá-la, muitos alguéns que foram alguém mas que hoje não são ninguéns. Complexo? Ah , talvez poucos entendam a profundidade do que escrevo, poucos vão saber o subliminar dessas entrelinhas que parecem explícitas ou não. Explícitas pra mim! Ah as vezes me canso de falar de mim, tento ser menos notável possível mas não consigo. Meus textos trazem a força da minha personalidade, a intransigência do que eu não aceito. Sinto-me intransitiva, como um Nascer e Morrer, é isso...apenas. Sou completa como um verbo que não precisa de um complemento.
É, não encontrei um complemento capaz de transformar esse verbo que sou eu... besteira, as vezes acho que impeço isso...medo? Não sei, não me defino como disse, seria uma audácia tentar falar de mim em palavras. Minhas palavras são escassas demais para mim. Tudo que eu quero expressar são meus sonhos, minhas ideias. As ideias que me consomem, quase que me fagocitam e que eu quero gritar sem medo das transformações, alardes ou críticas.
O que eu concluo de mim é apenas amadurecimento, ainda não estou preparada para o mundo talvez só minhas palavras.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher


Vamos exaltar as Marias, Anas, Carolinas, Julianas... todas mulheres, todas guerreiras que lutam como homens de família para o sustento de sua casa. Vamos exaltar as mulheres que pegam no pesado, que dirigem ônibus, constroem prédios mas mesmo assim tem a delicadeza peculiar da mulher. Aquelas mulheres que não deixaram os machistas vencerem, que conseguiram seu lugar na sociedade, que se destacaram não por trás daquele homem, mas que sozinhas conseguiram ser próprias. Que escolheram seu homem, seu marido, seu namorado... ou escolheram mal seus homens...e puderam com toda a força da dor de um abandono superar e mostrar que a fragilidade do sexo é só balela que inventam por aí. Frágil é um vaso que quebra e é irrecuperável. Ser mulher é quebrar várias vezes e mesmo assim ser recuperável em todas elas, de diferente formas porém todas ideais para qualquer homem. Ser mulher é dar a luz uma nova vida, ser abençoada com o desejo de Deus em ser mãe, esposa e mulher.
Homens! Respeitam, amem, se entreguem a essas mulheres... não subestimem sua capacidade e exaltem-nas. Exaltem essas guerreiras, amigas, mães e esposas porque AO LADO de um grande homem sempre vai existir uma grande mulher =)

terça-feira, 2 de março de 2010

Censure-se


Ontem terminei de ler "O Casamento" de Nelson Rodrigues, um romance que aborda incestos, relações homossexuais, adultérios.. enfim, tudo que na época era algo proibido devido à ditadura militar. Sendo assim, o livro de Nelson Rodrigues foi proibido pela censura, sendo alegado uma 'agressão' a uma instituição que é o casamento.

Para que serve a censura? Ao meu ver, para nada... a censura coloca uma tarja nos olhos de enganados. Ninguém aprende o que é sexo na novela das oito ou ver traições, falsidade e luxúria no Big Brother Brasil. As relações desde a ditadura estão corrompidas, proibir uma sociedade de falar, de questionar e de ter direitos sobre o próprio direito é uma censura retrógrada. A censura moderna é da tarja na tv, é a do 'pi' do palavrão e a do 'proibido para menores'. Mas o que é proibido num país em que os próprios menores veem um político com o dinheiro nas meias? Veem a olho nu um beijo de dois homens no meio de um bloco de carnaval. Assistem a discussões ou até agressões entre pai e mãe. O país promulga a censura mas esquecem dos bons costumes. Esquecem que o casamento que era pra ser sagrado, tornou-se um meio para conseguir dinheiro fácil, um comércio ou um marketing para aparacer na capa do jornal. Sinto saudades da época em que não vivi mas em que ainda se cultivavam as boas maneiras e o respeito aos pais. Época em que o pai tinha autoridade suprema e as histórias eram os contos...e agora? A ditadura já passou e vivemos a democracia. O que antes era o proibido, hoje é o liberal. Por que não o meio termo? Viva a liberdade de expressão e não a opressão! Censurar algo que não é mais censura pra ninguém é burrice, é tapar o sol com a peneira. A censura é interna, cabe aos pais fazê-la... ensinar o filho a falar palavrão mas proibi-lo de ver uma cena quente na tv é incoerente. O que não se aprende em casa, se aprende na escola da vida. Sejamos mais racionais e menos hipócritas porque somos espelhos dos nossos atos.