sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Banalizaram o amor




Banalizaram o amor. Fala-se em sua escassez, mas escassas são as pessoas que deixaram de praticar o ato de "amar"; vide as relações trocadas, os rompimentos de afeto e os absurdos propostos em cada manchete de jornal.
Sucintamente, chega-se ao fim da espécie e ao início de uma Era. A Era egoísta ou 'canibalista', talvez. Egoísta por ser individualista, o pensar em si ultrapassa as barreiras do amor ao próximo. Que próximo? Só me enxergo, sinto-me, apalpo-me; ao olhar à frente só vejo espelho onde eu me reflito, reflito minha imagem...apenas. A semelhança de nosso Pai já está obsoleta, assim como as palavras ensinadas por Ele.
'Canibalista'? Por comer uns aos outros. Abdicar o respeito em nome da ambição, ou em palavras bonitas "ascensão social"; estar bem mais preparado para "passar a perna" naquele seu pseudoamigo...ah, como as palavras nos iludem! As atitudes traem e engolem o humanismo que cada um adquire antes de ser poluído pelas ideias sociais.
Cada nova teoria, mais uma comparação. Entre mil hipóteses, nenhuma solução. Falta de tempo, violência, entretenimento, dinheiro... não se fala de relações; cadê a solidariedade? Pratica-se o amor? Não. Finge-se, assim como fingem-se casamentos; namoros; cumplicidade e lealdade.
Natal seria uma data para apresentar esse tipo de amor que hoje não se encontra em qualquer esquina, assim como é encontrada a prostituição, a inveja ou o aborto. O amor mais puro, o amor não comercializado e nem vendido em troca de carro, luxo e luxúria. Pena...mais uma data que foi transformada no consumismo do individualista e na fartura do que tem e não vê a dor do que não tem.
Precisa-se refletir sobre o ser que o humano se transformou. Não existe mais a imagem a semelhança de Deus? Ele é amor; você é o que? Você é o que você pratica, lembre-se disso.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vote em mim!


Chegamos à época em que falar do futuro do Brasil não é o assunto mais importante e nem o mais sério. A nossa democracia nos obriga a eleger pessoas que deveriam ser capacitadas para cuidar e organizar a sociedade. Parece contraditório as palavras DEMOCRACIA e OBRIGATORIEDADE estarem na mesma frase. Na teoria é contraditório, mas a Constituição diz que todos têm direito à moradia, saúde, educação. Maldita, teoria! Tão bonito citá-la, mas usá-la que é bom...
Votar é um direito, porém tenho o dever de fazê-lo. Cabe a cada cidadão procurar nessa obscuridade da política, um candidato decente ou menos corrupto, ou então, anular seu voto e ser imparcial às mazelas sociais, como se você fosse avulso a esse mundo e livre desses problemas.
A época de seriedade agora é substituída por piadas e candidatos sem preparo algum. O discurso político é tão banalizado que qualquer leigo pode se candidatar a qualquer cargo. Um não sabe o que um deputado faz e disso faz piada, outro oferece salário mínimo de mais de mil reais. A mulher fruta, que deveria ser apenas do funk, lança seu decote e tenta seduzir o eleitor, um partido é contra burguês (mas não vai abrir mão do salário milionário no final do mês) e o outro diz que vai lutar pelo turismo.
E a educação? Eles não citam a mudança na educação pública, sabe por quê? Quando uma criança tem uma educação de qualidade e torna-se um sujeito crítico, ela deixa de ser massa de manobra e vira um ser pensante, um cidadão capaz de votar consciente e não se vender por promessas infundadas. E isso é o mais temido!
Voto não é troca de favor. Não se pode vendê-lo por uma dentadura e nem pela comida a um real. Até porque você precisa do seu emprego para se autossustentar e não de esmolas. A esmola não muda sua situação social, ela apenas te ilude e adia o problema. Assim como Olimpíadas, Copa do Mundo...o país não fica mais rico, os empregos são temporários e os gastos são exorbitantes! O país ganha "status" e o povo apenas a alegria de ver os jogos em casa.
Eles precisam da ignorância do cidadão e precisam ainda mais que o mesmo se conforme com essa situação de que "o pobre deve sofrer e isso nunca vai mudar". Os alunos de escola pública precisam de muito mais que infraestrutura e largar a ideia de ir à escola apenas para fazer as refeições. O mais triste é saber que desde pequenos, eles vivem essa alienação e são moldados a permanecerem nela.
Poderia ficar horas discorrendo essa problemática, mas esse não é o foco. Ideias são sempre bem vindas e é importante analisá-las antes de entregar seu futuro àquele candidato que você só vai votar porque é bonito ou porque é amigo de seu pai. É possível sim começar uma mudança, mas só se muda a partir da base. O importante é ser esclarecido e não entrar no jogo que só um é que sai perdendo sempre: o cidadão!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Personificação do amor


Eu não te vi nascer, mas desde o momento em que tu foste criado eu te amei. Você me viu nascer e a sua história me conduziu a continuar te amar. Aprendi a valorizar o pó de arroz, apadrinhei o cartola e dei o primeiro sorriso ao vestir o manto sagrado. Meus olhos negros brilharam em três cores e, a partir disso, te escolhi para ser meu eterno amor.
Estive contigo na segunda e na terceira divisão e em nenhum momento pensei em te largar. Vi muitos se envergonharem, mas meu amor não permitia te abandonar. Minhas lágrimas molhavam o verde, que reluzia a esperança de superação e fé para continuar.
Vivi momentos tristes, mas a cada momento feliz gozava da emoção que tu me proporcionavas. Sua vitória era a minha também, e a mesma sempre vinha de muita luta e isso fez com que eu me identificasse cada vez mais com você. Cada momento foi inesquecível, odiava ficar de luto quando não ia bem nos campeonatos e já pensei em te desprezar quando me decepcionavas. É, mas não conseguia...
Ah...queria te personificar a todo momento e dizer que você é importante para mim. Cuidar de ti e aconselhar-te antes de um jogo difícil. Amar-te o tempo inteiro e chorar contigo. Só consigo te personificar em mim, em meu coração, Fluminense. Meu coração tricolor que eu posso sentir todo esse amor, essa paixão que me cega e transforma em um flunático.
São 108 anos de tradição e boas conquistas. Obrigada! Por me fazer feliz e manter essa paixão acesa. Te seguirei como em uma peregrinação, vestirei seu manto e te amarei até o último dia de minha vida...

sábado, 10 de julho de 2010

Promova o bem



Dizem que amor e ódio andam lado a lado, tenho que concordar, em partes. Desejar o mal para alguém, e odiar aquela pessoa a ponto de viver em torno de sua vida é quase transportar todas suas limitações e insucessos para a da pessoa que critica. Viver em função do outro e achar que isso não é inveja, é mentira. Quando você esquece de sua vida e só presta atenção no que o outro faz é porque está insatisfeito com o que é...é o mesmo de querer subestimar seu semelhante e a partir disso tornar-se mais forte e até achar que é superior. Quem deseja o mal e promove isso torna-se infeliz, e recebe toda a carga negativa para si. Falar da vida de outrem, criticar e apontar erros é desnecessário, até porque quando uma pessoa erra, aprende com o erro mas o que é mais difícil é perceber que todos erram, logo ninguém pode criticar ninguém.
Fala-se em respeito, virtudes e boas ações...cada um tem sua própria vida para cultivar coisas boas e no final ser recompensado por isso, e se for o contrário, aguente as consequencias. Sempre imaginamos que o mundo é injusto e que muitos sofrem sem merecer, mas a vida acaba por aqui? Temos o tempo necessário para deixar no mundo material a nossas obras, poucas são aproveitadas e úteis à humanidade, talvez o que você pensa que é supérflo, para alguém, é o mundo. Há visões variadas da mesma coisa, do mesmo ser e da vida...achar sua visão a mais certa ou impor algo é egoísmo e visão limitada dos fatos.
Se todo mundo cuidasse dessas falhas de caráter, talvez o preconceito nem existiria, ou a maldade seria tão ínfima que ia ser difícil percebê-la. Viva sua vida, ame-a e cuide-a. Respeite àquele que te fez mal e deseje para ele todo o bem que VOCÊ tem a oferecer, não se preocupe com o que ele vai desejar, até porque ele só pode desejar o que tem dentro de si.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Estrangeiro do próprio país


Estranho esse sentimento patriota, sinto que não faz parte de nós, ou faz? Pode até fazer, todavia o verde e amarelo torna-se transparente e só é visível de quatro em quatro anos. Talvez por isso sejamos vistos como "bunda, samba e futebol". O esteriótipo mais que banalizado do brasileiro é acentuado com o estrangeirismo exacerbado...quase que uma hipocrisia camuflada pela pseudocultura que traz o interesse pelo estrangeiro. Não conhecer Chico ou Tom Jobim e avaliá-los como "música de velho" é normal aos olhos de uma sociedade alienada, porém saber todos os hits internacionais e cantá-los com seu inglês fluente é o que "tá na moda". Quem sabe você não tenha o inglês fluente, mas mesmo assim reproduz o que ouve, mesmo que não o entenda.
Aquele que condena o funk por suas letras imorais é o mesmo que canta "Candy Shop" e sente-se culto por reproduzir palavras imorais e ser contraditório. Mas está em inglês, né? Ah, estimada Globalização! Não a condeno. Aceito esse troca-troca de cultura, até porque o que seria da Bossa Nova sem o Jazz? Uma cultura se enriquece a partir de outras, mas perde o valor quando é substituída e massacrada por alguma hegemônica. Nosso país não precisa do nosso ufanismo e nem de cidadãos como Policarpo Quaresma...valorizar a cultura brasileira não é impor o funk como música culta e saber sambar, entretanto estudar o legado que nos foi deixado e não subestimá-lo. Aqui não há só bunda, samba e futebol mas é isso que você passa a eles quando desvaloriza sua própria cultura e torna-se brasileiro apenas porque seu país tem a melhor seleção de futebol.
Valorizem-se para que sejamos valorizados!

sábado, 22 de maio de 2010

Você é inesquecível para alguém?



Com o passar dos anos, é fácil perceber que as pessoas importantes, as melhores viagens ou as melhores comidas são apreciadas, mas de forma adequada, de forma a deixar saudade e lembranças...quase uma nostalgia incômoda. O que é bom não dura pouco, dura o tempo suficiente para marcar na sua vida o que foi um momento inesquecível...se durasse mais tenho de admitir que enjoaria, o sabor do mais, do querer, desejar é o que transforma aquele simples e pequeno momento não descartável pelo cérebro. Cada detalhe é minuciosamente lembrado, as cores continuam vivas e latejantes...a emoção é sentida pelos batimentos cardíacos e o fluxo sanguíneo que aumentam sua frequência. A partir desses processos é que sabemos o que realmente foi importante e marcou. Reconheço que existem pessoas substituíveis, relacionamentos fracassados que podem ser facilmente esquecidos. Mas existe aquela que te acrescentou, aquele acontecimento que te fez crescer, tornar-se quem és. Existe aquele abraço que você jamais vai encontrar igual e até mesmo aquele beijo que te faz esquecer o que acontece a sua volta e que parece que sempre é o primeiro. Sabe aquela música? É você sempre vai se lembrar dele quando escutá-la e você nem precisa estar apaixonado para que isso aconteça. A paixão e o amor não aparecem instantaneamente, são sentimentos gradativos.. Sim, até mesmo a paixão... apreciar o que uma pessoa faz e admirá-la por ela te-lo feito não é sinal de que você está apaixonado. Pessoas são marcantes, pessoas te transformam, porém pra que isso mude a sua vida é preciso uma série de acontecimentos. Cada um tem o poder em cima do outro, basta usá-lo...para ser inesquecível não é preciso focar no objetivo e persistir naquilo, é preciso mostrar a sua essência e dividi-la com o outro, todavia receber as de outrem é essencial para o equilíbrio de qualquer relação, seja ela de amor, amizade ou paixão.

domingo, 9 de maio de 2010

Identidade


Eu nasci. Não tive pretensão alguma em tornar-me quem sou. Entre mim e ti não há diferenças visíveis, posso estar dentre a multidão que jamais serei notado.
Falar de mim é peripécia, por isso não o faço. Não sou Clarice nem Machado, mas posso ser Macabéa ou Bentinho. Sou a metamorfose da palavra e a partir dela faço a metalinguagem.
Conheça-me através das minhas palavras, entretanto não se engane com as minhas metáforas. Prazer, sou o poeta desconhecido.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Gradação



Sinto uma nostalgia...dos tempos que eu vivia sem me preocupar se o amanhã seria mais difícil que o hoje, vivia dormindo e pensando no amor daquele que só me olhava...vivia rodeada de amigas, falando de amores, via meus desenhos e minha novela favorita. Nunca tinha pensado no vestibular, e o que eu temia era apenas a tabuada...sempre falavam que era difícil, até que eu a conheci e pude perceber que era apenas um exercício que deveria praticar pra não esquecer. Passei por isso, sobrevivi às equações tão temidas, às desilusões amorosas e a terrível notícia de que papai noel não existe. O mundo mostrou-se...não procurei nada, descobri. Descobri que minha mãe era minha superprotetora e que minha família era como uma teia protetora, até pouco tempo não sabia ainda dar meus próprios passos, aprendi a andar, mas não aprendi a caminhar e trilhar meu caminho.

Parece estranho ou tremendamente uma falácia, mas não é... antes o mundo me aceitava, hoje ele me impõe. Aceito-me assim ou mudo para adaptar-me a ele...a priori evolui ao descobrir o que me torne, mas pretendo ir além, aceitar o que me foi dado e buscar o que ainda não tenho.

A nostalgia de hoje é o amadurecimento e a aceitação da mudança. Quero não ser passiva, pretendo lembrar do que vivi e admirar sua inocência, todavia preciso mostrar-me, ser, acontecer e causar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Eu


Sabe, seria muito limitado tentar me definir, até porque odeio definições e ainda mais de mim...ah, eu que sempre gostei da liberdade, sinto-me oprimida ao pensar que um dia poderei não ter mais e que muitos tentaram tirá-la, muitos alguéns que foram alguém mas que hoje não são ninguéns. Complexo? Ah , talvez poucos entendam a profundidade do que escrevo, poucos vão saber o subliminar dessas entrelinhas que parecem explícitas ou não. Explícitas pra mim! Ah as vezes me canso de falar de mim, tento ser menos notável possível mas não consigo. Meus textos trazem a força da minha personalidade, a intransigência do que eu não aceito. Sinto-me intransitiva, como um Nascer e Morrer, é isso...apenas. Sou completa como um verbo que não precisa de um complemento.
É, não encontrei um complemento capaz de transformar esse verbo que sou eu... besteira, as vezes acho que impeço isso...medo? Não sei, não me defino como disse, seria uma audácia tentar falar de mim em palavras. Minhas palavras são escassas demais para mim. Tudo que eu quero expressar são meus sonhos, minhas ideias. As ideias que me consomem, quase que me fagocitam e que eu quero gritar sem medo das transformações, alardes ou críticas.
O que eu concluo de mim é apenas amadurecimento, ainda não estou preparada para o mundo talvez só minhas palavras.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher


Vamos exaltar as Marias, Anas, Carolinas, Julianas... todas mulheres, todas guerreiras que lutam como homens de família para o sustento de sua casa. Vamos exaltar as mulheres que pegam no pesado, que dirigem ônibus, constroem prédios mas mesmo assim tem a delicadeza peculiar da mulher. Aquelas mulheres que não deixaram os machistas vencerem, que conseguiram seu lugar na sociedade, que se destacaram não por trás daquele homem, mas que sozinhas conseguiram ser próprias. Que escolheram seu homem, seu marido, seu namorado... ou escolheram mal seus homens...e puderam com toda a força da dor de um abandono superar e mostrar que a fragilidade do sexo é só balela que inventam por aí. Frágil é um vaso que quebra e é irrecuperável. Ser mulher é quebrar várias vezes e mesmo assim ser recuperável em todas elas, de diferente formas porém todas ideais para qualquer homem. Ser mulher é dar a luz uma nova vida, ser abençoada com o desejo de Deus em ser mãe, esposa e mulher.
Homens! Respeitam, amem, se entreguem a essas mulheres... não subestimem sua capacidade e exaltem-nas. Exaltem essas guerreiras, amigas, mães e esposas porque AO LADO de um grande homem sempre vai existir uma grande mulher =)

terça-feira, 2 de março de 2010

Censure-se


Ontem terminei de ler "O Casamento" de Nelson Rodrigues, um romance que aborda incestos, relações homossexuais, adultérios.. enfim, tudo que na época era algo proibido devido à ditadura militar. Sendo assim, o livro de Nelson Rodrigues foi proibido pela censura, sendo alegado uma 'agressão' a uma instituição que é o casamento.

Para que serve a censura? Ao meu ver, para nada... a censura coloca uma tarja nos olhos de enganados. Ninguém aprende o que é sexo na novela das oito ou ver traições, falsidade e luxúria no Big Brother Brasil. As relações desde a ditadura estão corrompidas, proibir uma sociedade de falar, de questionar e de ter direitos sobre o próprio direito é uma censura retrógrada. A censura moderna é da tarja na tv, é a do 'pi' do palavrão e a do 'proibido para menores'. Mas o que é proibido num país em que os próprios menores veem um político com o dinheiro nas meias? Veem a olho nu um beijo de dois homens no meio de um bloco de carnaval. Assistem a discussões ou até agressões entre pai e mãe. O país promulga a censura mas esquecem dos bons costumes. Esquecem que o casamento que era pra ser sagrado, tornou-se um meio para conseguir dinheiro fácil, um comércio ou um marketing para aparacer na capa do jornal. Sinto saudades da época em que não vivi mas em que ainda se cultivavam as boas maneiras e o respeito aos pais. Época em que o pai tinha autoridade suprema e as histórias eram os contos...e agora? A ditadura já passou e vivemos a democracia. O que antes era o proibido, hoje é o liberal. Por que não o meio termo? Viva a liberdade de expressão e não a opressão! Censurar algo que não é mais censura pra ninguém é burrice, é tapar o sol com a peneira. A censura é interna, cabe aos pais fazê-la... ensinar o filho a falar palavrão mas proibi-lo de ver uma cena quente na tv é incoerente. O que não se aprende em casa, se aprende na escola da vida. Sejamos mais racionais e menos hipócritas porque somos espelhos dos nossos atos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Protagonista da vida


Eu vejo um mundo contrário dos meus ideais. Eu vejo um mundo torto com tanta corrupção. Eu vejo um mundo que eu não escolhi pra mim. Eu não escolhi viver com pessoas que acham tudo 'normal', que vivem tudo distorciado e mesmo assim vivem intensamente a modernidade. Viva! Viva a modernidade, pais. Sejamos menos caretas! É o que todos ouvem... mas, não quero. Quero ser careta, quero ensinar pro meu filho quão são lindas brincadeiras na rua, as cantigas de roda, a ilusória visita do papai noel pela chaminé. Eu quero fazer cócegas nele e comer muito brigadeiro de madrugada. Quero mostrar que não é normal homem beijando homem e mulher beijando mulher. E ensinar que Deus criou um de cada sexo para que eles sejam apenas um corpo. Quero mostrar que atrás das estrelas existe um Criador e que a explosão big bang foi apenas mais uma "viagem", uma viagem daquelas que não aconteceu como na Lua. Quero esquecer as maldades que os anos trouxeram com a modernidade. Pra que tecnologia? Vou ensinar a ele que a tecnologia mata, a mesma que quer nos tornar imortais. Vou contar que devemos nascer, crescer e morrer como toda pessoa normal. Vou contar as histórias antes dele dormir e vou mostrá-lo que a inocência de uma criança é um bem supremo, a inocência que muitas já perderam... a inocência do namoro de mãos dadas, das brincadeiras de roda e da ilusão de um mundo colorido como nos sonhos.
A vida nos dá voltas, as pessoas tentam nos corromper e absorvemos mais o ruim do que o bom do próximo, mas a essência em poucos ficam. Quero cultivar essa essência, quero plantar um fruto bom no meio das ervas daninhas. Não ligo pra maioria que só faz a massa, eu quero é ser única mas quero ser feliz comigo, com meus ideais, com minha meta. Não serei mais uma indigente desse mundo estapafúrdio, onde o palco é pequeno e muitos se matam e morrem por um espaço, não gritarei como em uma cena dramática para que todos me vejam. Montarei meu palco e criarei meus artistas...posso ser um em milhares mas deixarei minha essência pela eternidade.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Para um Brasil da maioria


Sempre falam que o povo tem o governo que merece. Será, de fato? Uns julgam o presidente como ignorante ou burro...o que seria ignorante para um homem que "trabalhou" para estar onde está? O povo brasileiro é constituído pela maior parte de trabalhadores, o resto é chamado a nata da sociedade, a classe alta, a classe historicamente beneficiada por vantagens e por títulos. Geralmente, é essa parte da população que tem privilégios de escolher os melhores colégios, as melhores viagens e possui abrangente conhecimento cultural. Com tal discrepância social, é fácil se iludir com discurso bonito e cheio de letras, palavras que soam como neologismos no vocabulário do peão ou da diarista, mas que são 'bonitas' porque são difíceis e talvez por isso sejam encantadoras e hipnotizantes como o perfil daquele candidato bem vestido com seu terno de um milhão de dólares que compraria muitas casas para os miseráveis daquele viaduto da sua esquina. O que o Brasil precisa? De um intelectual no poder que seja poliglota ou de alguém que se parece com o povo brasileiro e que passou por tudo aquilo que muitos passam ainda? A bagagem cultural só enche o currículo de um presidente, mas a barriga daquela criança...continua vazia. A criança que vai crescer sem a perspectiva de uma identidade nacional, será mais um escravo desse capitalismo e alienado do poder. A imagem passada pro exterior de um Brasil carente, violento e liberal é muito mais chocante que a de um presidente que não sabe falar inglês e que mal acabou os estudos. O retrato da presidência é o retrato do povo brasileiro... um trabalhador que sofreu tudo que muitos sofrem mas que no fim teve seu sonho realizado. A maioria do povo ainda é mudo perante a sociedade, muitos nascem e morrem calados. A mudança precisa partir de cada um, o que é bonito é a mudança social e a diminuição das desigualdades para que se formem homens de terno e não cresça o número de fantoches manipulados pela minoria da população que jamais querem deixar de ser minoria.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Seja o seu caminho


O caminho da vida é curto e bem desenhado. Traz curvas bem difíceis e estreitas, percursos com pedras enormes, buracos e precipícios. Nessas horas, aparecem pessoas pra te cobrar e dizer que você nunca vai conseguir chegar ao seu objetivo. Pessoas que vão tentar fazer com que você saia pela tangente ou caia em um buraco e atole para que elas possam te ultrapassar. Pessoas que vão fazer de tudo para que você caia num precipício moral e que afunde pois só assim elas estarão satisfeitas. E, sabe? Essas pessoas são as mesmas que caíram num buraco, que afundaram em lama e que estão a beira do precipício. Sabe por que? Elas não tiveram coragem o suficiente para enfrentar quem deveria, ultrapassar as barreiras que as fizeram cair e ultrapassar essa pista de forma íntegra e paciente. O caminho quem faz somos nós, talvez pendamos pro lado dessas pessoas fracas e impotentes, ou saíremos como pessoas fortes e dignas. Muitos vão tentar fazer sua vida tomar caminhos obscuros ou calamitosos, porém a força vem da alma, vem do coração...e a pureza ao tomar as atitudes certas nos momentos devidos serão decisivos na hora de fazer uma curva. A paciência e o caráter são fundamentais para seguir um caminho íntegro. Pedras, buracos e curvas estreitas estão aí por qualquer estrada, mas a forma de atravessar esse caminho é individual. Não seja como pessoas fracas, desvie delas e mostre a elas que nada do que é dito ou feito contra você é válido ou levado em conta quando se tem caráter e prudência. Ande e termine seu caminho sem esbarrar ou pisar em ninguém, mesmo que pise em buracos e quase caia, saiba que vai ser quase mesmo. O quase é uma vírgula e nunca um ponto. Faça a diferença e veja a diferença no final.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Um só amor

Na multidão ouve-se o compasso do coração tricolor, os olhos ausentes e fixados em apenas três cores. O sentimento direcionado ao mesmo propósito, o grito que ecoa e forma uma grande sinfonia. A paixão de vibrar e passar os sentimentos através dos gestos, do olhar, do bater de palmas. O arrepio daquelas pessoas, o abraço do desconhecido e a união de uma família imensa em prol de um objetivo. A bola rola, os olhares se entrelaçam, a mente pede, o coração grita e a voz ecoa longe o horto mágico. A magia do grená mistura-se com a esperança do verde e o branco sela a paz entre os amantes do futebol. Aquele futebol do pequenino, da tinta no rosto, da bagunça na arquibancada. O futebol da raça, do grito ensurdecedor de gol e da vontade. Gritar um gol é mais que um desabafo, são as artérias pulsantes, o coração palpitando de felicidade e desejo do sonho maior. A paixão é algo assim...ela nasce e torna-se avassaladora. O Fluminense é mais, avassala corações, imuniza almas e subverte os menos desgostosos da vida. Eis que surge a legião de tricolores, invadem por todos os lados...até quando não há mais esperança e o possível já não é mais possível ele vai e muda qualquer probabilidade ou qualquer conta matemática. O amor não é feito de fórmulas ou números, o amor é a paixão madura e intensa do pequenino ao 'radinho de pilha'. A chama dessa paixão e o amor benevolente ao tricolor torna o impossível apenas fictício. O fim é curto demais para a longínqua esperança do coração verde branco e grená. O amor é infinito, aaaah... esse é eterno e é impossível acabar. O apito final é apenas o final de uma etapa, mas o amor de um tricolor é eterno, sublime e omnipresente.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A máscara do moralismo

Chegou a época da libertinagem! Durante cinco dias os bons costumes e o pudor estão amordaçados ou foram simplesmente esquecidos iguais a muitos cidadãos brasileiros. O que não se pode ver na novela das oito é visto a olho nu e sem nenhuma tarja promulgada pela censura...as mulheres saem nuas, a bebedeira é caso normal e a cidade vira banheiro público. Isso é cultura! É cultura mostrar a bunda e o peito que foi preparado especialmente para essa data tão esperada por todos. Mais culto ainda é quem defende esse pseudomoralismo brasileiro. A palavra cultura anda de mãos dadas com o moralismo que é tão defendido e pouco usado, por que não usam esse ponto de vista nesses cincos dias de festa? Não aceitar o beijo homossexual na novela e achar um absurdo o que uma menina faz dentro de um reality show debaixo do edredom é tão hipócrita quanto comprar escondido uma revista Playboy da sua mulher, ou ir atrás de uma garota de programa na rua e na volta pra casa agir como um pai de família. Os bons costumes estão em extinção e mais em extinção ainda estão as reflexões internas. Julgar o outro como errado é mais fácil na própria concepção do que é o errado. Impor a sua verdade para parecer moldado a uma sociedade não quer dizer nada, pois quem monta essa sociedade pseudomoralista são as pessoas e não são palavras e regras. Liberte-se, é carnaval...e depois esqueça e viva uma fantasia nos próximos 360 dias.