terça-feira, 20 de abril de 2010

Gradação



Sinto uma nostalgia...dos tempos que eu vivia sem me preocupar se o amanhã seria mais difícil que o hoje, vivia dormindo e pensando no amor daquele que só me olhava...vivia rodeada de amigas, falando de amores, via meus desenhos e minha novela favorita. Nunca tinha pensado no vestibular, e o que eu temia era apenas a tabuada...sempre falavam que era difícil, até que eu a conheci e pude perceber que era apenas um exercício que deveria praticar pra não esquecer. Passei por isso, sobrevivi às equações tão temidas, às desilusões amorosas e a terrível notícia de que papai noel não existe. O mundo mostrou-se...não procurei nada, descobri. Descobri que minha mãe era minha superprotetora e que minha família era como uma teia protetora, até pouco tempo não sabia ainda dar meus próprios passos, aprendi a andar, mas não aprendi a caminhar e trilhar meu caminho.

Parece estranho ou tremendamente uma falácia, mas não é... antes o mundo me aceitava, hoje ele me impõe. Aceito-me assim ou mudo para adaptar-me a ele...a priori evolui ao descobrir o que me torne, mas pretendo ir além, aceitar o que me foi dado e buscar o que ainda não tenho.

A nostalgia de hoje é o amadurecimento e a aceitação da mudança. Quero não ser passiva, pretendo lembrar do que vivi e admirar sua inocência, todavia preciso mostrar-me, ser, acontecer e causar.